A Ação Integralista Brasileira (AIB) foi um partido político fundado, em 7 de outubro de 1932, por Plínio Salgado, escritor modernista, jornalista e político. Esse movimento nacionalista espelhava-se no Nazismo e no Fascismo, em alta na Europa, mas buscava uma identidade própria no Brasil. A atitude dos integralistas brasileiros chamava a atenção, pela simbologia e iconografia adotadas. Os integralistas se apresentavam, oficialmente, uniformizados e ficaram conhecidos como camisas-verdes ou galinhas-verdes. Em seu cumprimento, os integralistas usavam a palavra “Anauê”, que significa, em Tupi, “Você é meu irmão”, com o braço esticado e a mão espalmada, em um movimento similar à saudação nazista.
A bandeira do movimento era composta por um fundo azul com um círculo branco no centro e, no meio do círculo, a letra grega maiúscula “Sigma”, significava a soma dos valores.
Havendo uma parada militar, os militantes do movimento marchavam como soldados. Em seus encontros e concentrações, recebiam treinamento e instrução de ordem unida, além de executar (com algumas alterações) muitos dos rituais e simbologias das Forças Armadas.
Em Santa Rita do Sapucaí, podemos perceber que o movimento era puramente nacionalista, sem vestígios de preconceitos ou segregações raciais. Ao contrário, em uma das edições do jornal “Aço Verde” de 1935, os integralistas Santa-ritenses ofereciam escola gratuita para todos, sem qualquer mensalidade ou salário aos professores. A aulas aconteciam nas dependências do Núcleo Integralista Santa-ritense, sob a direção de Lourdes Brigagão Ferreira.
Na década de 30, o movimento integralista atingiu tamanha força na cidade que deu origem a um jornal cujo objetivo era, exclusivamente, pôr em debate as ideias do grupo. O jornal chamava-se “Aço verde” e trazia informações com alto teor nacionalista. Tratava-se de um periódico de 4 páginas, veiculado semanalmente, e com a direção de Francisco Carli Netto. Uma das edições trazia anúncios da própria “grife” do partido, como os cigarros “Camisas verdes”. As matérias não se limitavam a acontecimentos “integralistas” puramente santa-ritenses que, pelo visto, não eram muitos, e traziam citações de diversos representantes do movimento no Brasil, além de referências aos seus adversários: os comunistas. Em uma das matérias, em que os partidários santa-ritenses falam sobre a escola integralista que montaram, o texto termina com a frase: “Onde e quando o Comunismo fez o que o Integralismo está fazendo?”